18 de October de 2024
Mercado

CNseg e Governo Federal debatem o papel do setor de Seguros na emergência climática

  • outubro 20, 2023
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“Um evento participativo como esse vem dessa forma verificar como o setor de seguros pode ajudar”, disse a diretora da confederação Por Redação A capital brasileira, Brasília (DF),

CNseg e Governo Federal debatem o papel do setor de Seguros na emergência climática

“Um evento participativo como esse vem dessa forma verificar como o setor de seguros pode ajudar”, disse a diretora da confederação

Por Redação

A capital brasileira, Brasília (DF), sediou nesta quinta-feira (19), um seminário inédito para falar sobre o papel das empresas de seguro para o enfrentamento à emergência climática. A CNseg em “e Ministério de Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA), especialistas do mercado e atores governamentais de países do Mercosul debateram sobre o tema central do Worshop: “O papel do setor de seguros no enfrentamento à emergência climática – tendências, riscos e oportunidades”.

A diretora Sustentabilidade da CNseg, Ana Paula de Almeida Santos, coordenou os trabalhos do workshop apontando o ineditismo do encontro. Ela apontou a importância de conversas transversais e participação assídua de membros governamentais, incluindo de outros países, para aprimoramento dos temas discutidos em auxílio de um ponto de equilíbrio sustentável globalizado para colaborar com essa crise climática.

“Um evento participativo como esse vem dessa forma verificar como o setor de seguros pode ajudar, o que nunca era feito, e apontar ideias inovadoras para auxiliar a sustentabilidade e a seguridade das políticas públicas para o tema”, informou.

Colaborando nos debates, o diretor técnico da CNseg, Alexandre Leal, ressaltou a importância da sustentabilidade no âmbito do aprimoramento dos negócios do seguro, que só vem corroborar com uma pauta já debatida há muito tempo. “A adoção de medidas pelo mercado em relação a sustentabilidade ajuda a estabelecer modelos de gestão de riscos climáticos e compartilhamento de informações. Temos o desafio de ser parte integrante desse processo”, afirmou.

Para o coordenador Nacional do Grupo de Trabalho para Mercosul do MMA, Carlos Hugo Suarez Sampaio a participação de vários atores sobre o tema demonstra a importância que o assunto tem, e que de forma plural pode cooperar para o enfrentamento das adversidades climáticas. 

Para o diretor de Gestão de Risco Agropecuário do ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Jonatas Pulquério, a temática da seguridade para o agricultor é uma realidade que dialoga diretamente com ações governamentais. Para ele o debate serviu para ouvir sobre melhoria de mecanismos e ferramentas para a gestão de riscos e auxiliar os produtores, apontando parâmetros de contratação de outras modalidades de seguro rural.

Vários representantes de empresas seguradoras participaram dos painéis de discussão. As discussões apontaram temas relevantes como a democratização para a contratação de seguros populares, que possam dialogar com os governos para auxiliar na contratação destes serviços. A aplicação do conceito de cidades resilientes nos debates públicos, apresentando ferramentas tecnológicas, por meio das empresas de seguradoras para promover iniciativas de prevenção de ações de risco.

Também foram ressaltados pelos especialistas a importância do setor com um viabilizador de projetos e infraestrutura. Além disso, aponta os serviços do setor como referência para implementação dessas iniciativas de forma qualitativa, que amplia a seguridade relacionada ao meio ambiente.

Dados e cooperação internacional

Uma pesquisa trazida pela analista em Meio Ambiente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Jomary Serra, aponta que 60% dos municípios brasileiros já foram atingidos com algum tipo de acidente climático. Entre 2013 e 2023, um montante de mais de R$ 4,1 bilhões de reais foi contabilizado em prejuízos por conta de desastres naturais. Mesmo com boas práticas ambientais, mais de 80% das cidades de pequeno porte, que concentram problemáticas climáticas, ainda não tem gestão de risco.

O diretor executivo para a América do Sul do ICLEI América do Sul, organismo que atende mais de dois mil governos locais ao redor do mundo destacou que o debate e a apresentação de dados ressaltam a importância de uma infraestrutura robusta para preparar municípios que possam cooperar conjuntamente. Para ele, com apoio de recursos internacionais, pode ser criado uma espécie de “facility” de seguros para municípios, como um mecanismo que aponte um recurso imediato após algum tipo de catástrofe ambiental. Os representantes dos ministérios do meio ambiente de Argentina e Uruguai também apontaram como o debate sobre seguros é relevante. Para assessora do grupo intersetorial do tema pelo Uruguai, Giselle Beja, fomentar formas de seguro para populações mais vulneráveis, agroprodutores e de regiões costeiras podem auxiliar para mitigar os riscos climáticos. O diretor de projetos financeiros para meio ambiente da Argentina, Martin Illescas, ainda enfatizou que o setor é considerado como um auxílio para produzir pontos de equilíbrios de sustentabilidade para minimizar a crise ambiental.

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