9 de November de 2024
Estudos

Saúde animal: um ano de reacomodação no mercado

  • abril 15, 2024
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Segmento de ruminantes, responsável por mais da metade das vendas do das indústrias do setor, impacta negativamente os resultados de 2023 Por Redação Dados preliminares compilados pela Comissão

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Saúde animal: um ano de reacomodação no mercado

Segmento de ruminantes, responsável por mais da metade das vendas do das indústrias do setor, impacta negativamente os resultados de 2023

Por Redação

Dados preliminares compilados pela Comissão de Informações de Mercado do Sindicato Nacional da indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) indicam um crescimento ao redor de 3% nas vendas do setor de saúde animal em 2023, o que deve elevar o faturamento total das indústrias para algo entre R$ 10.5 bilhões e R$ 11 bilhões.

Trata-se, porém, de uma estimativa, já que algumas empresas associadas de capital aberto só poderão reportar os seus resultados após o fechamento do primeiro trimestre de 2024. Os dados consolidados devem ser divulgados pelo Sindan no mês de maio.

O crescimento aquém do estimado em 2023 pode ser atribuído ao segmento de ruminantes, que responde por mais da metade do mercado de saúde animal no Brasil e passou por grande instabilidade no ano passado devido a uma conjunção de fatores.

O principal deles foi a elevação dos custos dos insumos para a pecuária, que aliado à uma queda brusca no preço da arroba do boi gordo e do leite, impactou o orçamento dos criadores em todo o Brasil. Tal situação levou a uma elevação de 10% nos abates de fêmeas e um desestímulo ao segmento leiteiro no último ano.

Outro ponto importante foi a retirada da vacinação contra a febre aftosa em diversos estados brasileiros. A perda de receitas com o produto já era prevista pelo Sindan e pelas indústrias fabricantes. O que não se esperava, porém, era que a suspensão da vacinação traria um impacto negativo sobre outros tratamentos realizados geralmente em conjunto com a aftosa – o que vem acontecendo em diversas regiões do País.

Emílio Salani, vice-presidente Sindan

Ainda que os problemas no segmento de ruminantes tenham comprometido os resultados do setor, a alta de 3% no faturamento é entendida como normal diante do cenário macroeconômico do Brasil. “Trata-se de um momento de reacomodação do mercado, após anos de crescimento muito acima da média”, explica Emílio Salani, vice-presidente Executivo do Sindan.

Salani explica que o crescimento observado em 2023 foi sustentado especialmente pelos segmentos de aves e suínos, e em menor escala, de animais de companhia. Os dados relacionados às espécies e classes de medicamentos serão divulgados em maio e poderão ser acessados através do site: www܂sindan܂org܂br/mercado.


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