Setor de seguros precisa fornecer US$ 10 trilhões em cobertura adicional para liberar investimentos na mitigação de mudanças climáticas
- 2/ abril / 2025
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Estudo do BCG, Howden e a UN Climate Change High-Level Champions mostra que seguradoras têm papel fundamental na mudança para uma economia de baixo carbono
Por Redação
O Boston Consulting Group (BCG), a Howden e a UN Climate Change High-Level Champions desenvolveram um estudo que destaca o papel do setor de seguros para impulsionar investimentos focados na mitigação de mudanças climáticas. Intitulado “The Great Enabler”, o relatório aponta que as seguradoras já desenvolveram muitas soluções que podem ajudar a reduzir os riscos financeiros, desbloqueando o capital necessário para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono.
De acordo com o levantamento, US$ 19 trilhões em investimentos já foram comprometidos por empresas de energia, governos e capital privado para financiar a transição climática até 2030. No entanto, muitos projetos não atendem aos limites de risco exigidos pelos investidores e, para liberar o montante que falta, o setor de seguros precisará fornecer mais de US$ 10 trilhões em cobertura adicional, inclusive para soluções inovadoras que ajudarão a tornar os projetos climáticos passíveis de investimento. Isso inclui cobertura para novas tecnologias e soluções baseadas na natureza para corroborar com as metas de redução de emissões.
“A demanda por seguros crescerá rapidamente à medida que essa enorme soma for desbloqueada, com o aumento dos riscos climáticos criando mais pressão sobre a capacidade do mercado de seguros. Por isso, o setor deve ser visto como uma prioridade estratégica e negócios devem ser firmados com as seguradoras para aumentar a capacidade de investimento e a confiança de seus planos de transição, além de ajudar a avaliar a exposição aos riscos físicos e naturais”, afirma Gabriel Purkyt, sócio do BCG.
Para que o segmento seja devidamente reconhecido, o estudo destaca que será necessária a colaboração entre governantes, empresas, seguradoras, provedores de capital concessional e filantropos. Além disso, sugere seis iniciativas para acelerar a transição climática:
“Ao contrário da maioria das áreas de finanças, o seguro diminui o custo real do risco, amplificando sua capacidade de acelerar a transição climática. Então, ao adotar essas soluções e promover a colaboração entre as partes interessadas, o setor poderá liberar todo o seu potencial como um grande facilitador da transição climática, impulsionando investimentos, reduzindo riscos e construindo um futuro mais sustentável”, finaliza Purkyt.
O estudo completo está disponível, em inglês, no site do BCG.