Lockton Brasil e Machado & Cremoneze Advogados realizam o III Visita Técnica ao Porto de Santos
- 9/ maio / 2025
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Clientes, parceiros e advogados puderam presenciar e entender a movimentação das embarcações
Por Tany Souza
A Lockton Brasil e o escritório de advocacia Machado & Cremoneze realizaram, nessa sexta-feira, 9 de maio, a III Visita Técnica ao Porto de Santos, com a presença de especialistas de áreas adjacentes ao setor de transporte marítimo, como subscrição e gestão de riscos, advogados e corretores de seguros.
Simone Ramos, Diretora de Portos e Logística da Lockton Brasil, salientou os assuntos explanados durante o evento. “Tivemos pontos importantes, principalmente sobre todos os tipos de terminais, e também uma fala preciosa do Dr. Paulo Cremoneze sobre o Novo Marco Legal de Seguros e como isso será transformador para o segurado e para todo o mercado. E, claro, falamos também sobre gerenciamento de risco e o quanto o seguro é importante para toda a cadeia produtiva”.
Segundo o advogado Paulo Cremoneze, o Marco Legal do Seguro não influenciará no clausulado, mas no acontecimento de sinistros. “Em relação ao clausulado, o que já existe será mantido. Eu vejo influência principalmente em caso de sinistros. A regulação terá que ser muito mais cuidadosa, muito mais vertical, porque agora o segurado também participará dessa regulação. Então, isso demandará mais esforço do corretor de seguro, das seguradoras e daqueles que trabalham diretamente com isso. Então, a nova lei impactará muito nisso, no pós-ocorrência de sinistros”, explicou.
No evento, houve a explicação de uma guia especialista no Porto de Santos, que deixou claro a todos sobre a grandiosidade do local e os cuidados necessários para o transporte de cargas agrícolas. “A carga agrícola é extremamente sensível, e cada produto tem seu modo de ser transportado. Como, por exemplo, o algodão, que é sujeito a cavitação, um fenômeno de autocombustão; então, o transporte deve ser infinitamente mais cuidadoso do que o transporte de grãos, onde a preocupação é a dispersão. Todas essas categorias de riscos precisam ser muito bem analisadas, para que o transportador, sendo o segurado, e acontecendo o sinistro, faça jus à indenização, e o dono da carga possa dialogar com sua seguradora sobre a busca do ressarcimento e regresso”, esclareceu Cremoneze.
A advogada Maria Amélia, presidente da AIDA (Associação Internacional de Direito de Seguro – Seção Brasil), enalteceu o evento. “O que houve aqui se chama educação, ensino, compartilhar conhecimento, algo precioso que, no Brasil, poucos fazem. Agradeço por estar aqui e parabéns a todos”. Alfredo Chaia, especialista em gestão de risco, também explanou sobre os riscos no transporte de cargas.
O Porto de Santos é o principal da América Latina, responsável por 29% da balança comercial brasileira.