Evento Sou Segura Summit ressalta a importância da mulher em posições de liderança no mercado de seguros
- 25/ junho / 2025
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No setor agrícola, essa presença é ainda mais necessária
Por Tany Souza
O evento “Sou Segura Summit”, que aconteceu nos dias 24 e 25, se consolidou como o maior encontro de lideranças femininas do mundo corporativo, com mais de 400 participantes no auditório do Teatro Belas Artes – Shopping Eldorado, na zona sul de São Paulo.
Uma das palestras foi sobre o tema “ESG em foco: Lideranças Setoriais em Movimento para um Mercado mais Inclusivo” onde executivos comentaram ações das seguradoras para formação de lideranças femininas, contou com a participação do superintendente da Susep, Alessandro Octaviani; a diretora da autarquia, Julia Lins; a presidente da Federação Nacional das Empresas de Resseguros (Fenaber), Rafaela Barreda; a superintendente de Relações de Consumo e Sustentabilidade da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Luciana Dall’Agnoll; e a corretora de seguros Simone Fávaro, que representou a Fenacor.
Luciana Dall’Agnoll lembrou de uma pesquisa recente da CNseg, onde indicou que 40% das seguradoras participantes promovem ações visando a formação de novas lideranças femininas e impressionantes 80% possuem programas de diversidade. “Mas esses dados ainda revelam uma má notícia: apesar dessas ações, o quadro ainda é ruim quando observado cargos de mais elevados”.
Já Rafaela Barreda foi enfática ao defender que a diversidade seja utilizada como um instrumento acelerar a inovação e a criatividade no setor de seguros. “Pessoas que não sentem a necessidade na própria pele não podem criar uma solução para o que não conhece”, argumentou.
O superintendente da Susep também admitiu que ainda há muito o que fazer em termos de inclusão no mercado. Para ele, uma luz no fim do túnel pode ser a chegada de novos atores ao mercado, como as associações de proteção patrimonial. “Essas associações têm origem social mais diversa e podem trazer a pluralidade que necessitamos”, pontuou Octaviani.
Já Julia Lins se mostrou entusiasmada com o que viu e ouviu nas reuniões do grupo de trabalho que discutiu uma nova política de acesso ao seguro. “Queríamos ouvir o mundo real e convidamos representantes de vários grupos plurais para entender como o seguro está sendo visto pela sociedade. E verificamos que há muitos setores que reclamam de produtos inadequados”, afirmou a diretora da Susep.
Quem demonstrou otimismo quanto ao avanço das mulheres no mercado foi Simone Fávaro. “No passado, as mulheres ocupavam apenas cargos administrativos. Hoje, muitas são donas de Corretoras de Seguros. E se considerarmos o seguro agrícola”, comemorou.
Para Elisa Rodrigues, Especialista e Consultora em Seguro Agrícola, e uma das Conselheiras da Sou Segura, comentou que no agronegócio a mulher é o alicerce de toda a cadeia de negócios. “Hoje há grandes companhias, cooperativas, entidades onde as mulheres fazem parte do processo decisório. A mulher faz total diferença, que acolhe muito bem o agro”, comentou ela.