3 de December de 2025
Seguros

COP30 – MAPFRE lança Bioseguro como peça-chave na proteção de projetos de carbono

  • 18/ novembro / 2025

Solução inédita no país blinda áreas de restauração florestal e garante estabilidade a iniciativas de sequestro de carbono em meio às pressões climáticas globais

Por Tany Souza

A MAPFRE aproveitou sua presença na COP30, em Belém, para tirar do papel uma das investidas mais ambiciosas já feitas por uma seguradora no campo da sustentabilidade: o Bioseguro, um modelo de seguro ambiental criado para proteger projetos de restauração e reflorestamento diante do avanço dos incêndios e dos efeitos cada vez mais agressivos das mudanças climáticas.

A proposta nasce com um recado firme ao mercado: sem proteção robusta, a bioeconomia não escala. A solução, inédita no Brasil, cobre áreas florestais voltadas à geração de créditos de carbono, assegurando que o sequestro de carbono não seja interrompido por desastres e que a vegetação nativa possa ser recuperada de forma íntegra. É uma resposta direta à necessidade de previsibilidade e credibilidade num segmento que ainda busca solidez técnica e regulatória.

Idealizado pelo programa interno de inovação da MAPFRE, o Bioseguro representa a evolução da estratégia da companhia no campo ambiental e reforça seu compromisso ASG. O modelo conecta especialistas ambientais, equipes técnicas e executivos para criar um seguro que valoriza a floresta pelo que ela realmente é: um ativo ambiental estratégico, e não um bem destinado à exploração comercial da madeira, como ocorre no seguro florestal tradicional.

O produto cuida de toda a cadeia de recomposição pós-incêndio, incluindo custos de replantio, restauração da função ecológica e critérios necessários à manutenção da certificação dos créditos de carbono. “Há um consenso de que a restauração florestal será determinante para atingir metas climáticas. Mas isso exige previsibilidade. Nosso papel é oferecer instrumentos que garantam continuidade e credibilidade, mesmo diante de eventos extremos. O Bioseguro responde a uma lacuna latente no mercado”, afirmou Fátima Lima, diretora de sustentabilidade da MAPFRE.

A chegada do Bioseguro também dialoga com o esforço global para estruturar o mercado regulado de carbono, fortalecer o voluntário e ampliar investimentos em restauração. Para o setor segurador, trata-se de uma oportunidade rara de se posicionar como elemento de confiança, rastreabilidade e integridade ambiental.

A companhia reforça que o produto foi desenhado a partir de parâmetros técnicos alinhados às normas brasileiras e às melhores práticas internacionais. A contratação exige inventário florestal e documentação que comprovem o potencial real de sequestro de carbono, reforçando a integridade dos projetos segurados.

Segundo Fabio Damasceno, diretor de seguro rural da MAPFRE, o lançamento está totalmente conectado à nova economia verde. “A construção de um arcabouço de garantias e seguros ambientais é decisiva para dar credibilidade e liquidez ao mercado de carbono. Estamos falando de um produto que reconhece a floresta como ativo ambiental. A ideia é simples: dar ao investidor e ao produtor a segurança necessária para manter seus projetos, mesmo diante de eventos climáticos severos que podem comprometer tanto o impacto ambiental quanto o retorno financeiro.”

A MAPFRE inicia a oferta do Bioseguro voltada a empresas e proprietários rurais já estruturados em projetos ambientais e inventários de carbono, com expansão prevista conforme o mercado regulado avance e novas ferramentas de monitoramento e certificação se consolidem.