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Gestão de riscos e redução de desastres ambientais são possíveis com tecnologia brasileira

Plataforma digital desenvolvida no Brasil oferece diagnóstico detalhado de eventos como alagamentos e deslizamentos de terra, ajudando na segurança da população

Por Redação

A época de chuvas no Brasil está chegando e, com ela, a preocupação quanto a seus impactos. Em 2023, quase seis milhões de brasileiros foram diretamente afetados pelas chuvas – e também pelas secas. Só neste ano, o país teve prejuízos de R$ 50,5 bilhões na economia devido às tempestades e aos longos períodos de estiagem. Em 2022, os gastos relacionados aos desastres naturais no Brasil ultrapassaram a marca de R$ 72 bilhões. Os dados são da Confederação Nacional dos Municípios.

Pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, publicaram um estudo na revista Nature este ano mostrando a relação entre o regime de chuvas e o desmatamento. A falta de chuvas nas florestas tropicais promove mais perda florestal, interferindo no processo de evapotranspiração. Realizado pelas árvores, este processo é responsável por retirar a água do solo e devolvê-la para a atmosfera em forma de vapor, por meio da transpiração das folhas. Portanto, quanto maior a derrubada da floresta, menos árvores fazendo transpiração e, consequentemente, menos chuvas acontecem na região.

Se existe uma relação entre desmatamento e chuvas, é possível prever acontecimentos climáticos e planejar ações mitigadoras com o uso de tecnologia e inteligência de dados.

Um projeto inovador possibilita o compartilhamento em tempo real de informações de maneira eletrônica, e não mais manual, otimizando processos, reduzindo burocracia e garantindo a prestação do serviço público mais célere e com mais segurança.

Com este sistema, a Defesa Civil da cidade ou do estado é capaz de mapear e monitorar áreas de riscos, alertar a população sobre os perigos com antecedência e preparar planos de contingência com mais agilidade e assertividade para quando os eventos adversos ocorrerem. Queda de muro, desmoronamento, inundações, colapso de edificações, tempestades, inundações, alagamentos, deslizamentos de terra e risco estrutural são alguns eventos que podem ser monitorados e inseridos no sistema, que também conta com um aplicativo.

O estado do Rio Grande do Sul é um dos que já dispõe de uma solução: o Sistema Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres (SEGIRD). De acordo com Coronel Júlio Cesar Rocha Lopes, Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, “com a plataforma, o tempo de reconhecimento da situação de emergência dos municípios, que era de 60 dias, foi reduzido para 48 horas”.

Por trás do desenvolvimento dessas soluções inteligentes está a Codex, especialista em gestão e análise de informação por meio de sistemas de inteligência geográfica para o desenvolvimento sustentável. Fundada há 17 anos, a empresa possui mais de 180 projetos da Codex em 16 estados brasileiros e Distrito Federal que contribuem para a realização dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. “O uso de dados é um aliado fortíssimo no combate às mudanças climáticas, por isso, nossas soluções auxiliam os clientes a se adaptarem aos novos cenários e anteciparem tendência com base em informações”, explica Venícios Santos, Diretor de Negócios da Codex. 

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